“Marina não vai à praia” é o retrato da rotina dos jovens com Síndrome de Down

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Em 2015, o diretor Cássio Pereira dos Santos lançou um projeto que vai muito além de simplesmente capturar boas imagens em cenários exuberantes e impressionar o público com roteiros geniais. O curta-metragem “Marina não vai à praia” mostrou que as coisas mais simples da vida podem ser complexas para uma pessoa com Síndrome de Down, e nesse caso, tal complexidade está na cabeça das próprias pessoas que convivem com a personagem.

O enredo é baseado na descoberta da mineira Marina em relação a uma viagem de formatura que sua irmã Joana fará para o litoral, mas a mãe e a própria irmã a impedem de realizar um sonho naquele momento devido à sua deficiência intelectual. No contexto do diálogo, as respostas recebidas pela jovem foram baseadas nas dificuldades econômicas que teriam para inclui-la na viagem, mas ela não se convenceu.

A solução que Marina encontrou no momento foi cortar suas amadas roseiras no quintal e vendê-las na vizinhança, e se tivesse sucesso, conseguiria participar da viagem. Os esforços não deram muito certo, mas ela estava determinada a fazer acontecer, então encontrou a solução se escondendo no ônibus que estava levando os estudantes. Não demorou muito para ela ser descoberta pelo namorado de sua irmã, que acabou se tornando um parceiro para ajudá-la nessa jornada!

Fica evidente que o principal objetivo do filme é fazer com que o espectador entenda as expectativas de uma adolescente com Síndrome de Down, que tem exatamente os memos desejos e curiosidades que quaisquer outros jovens teriam. Em muitas ocasiões, o preconceito pode estar no próprio ambiente familiar, e as capacidades das pessoas com algum tipo de deficiência intelectual são subestimadas desde o momento em que começam a entender como funciona o mundo ao seu redor.

“Eu acho que a viagem de Marina também representa a forma como as pessoas com deficiência lutam para acessar até mesmo os direitos mais básicos que todos devem ser capazes de ter. Aqui no Brasil, por exemplo, algumas escolas particulares estão se recusando a admitir pessoas com deficiência como alunos regulares, mesmo que a lei estabeleça que todos devem ter acesso à educação básica, sem discriminação. Eu desejo que o nosso pequeno filme poderia ser capaz de mover o público e ajudar as pessoas a abraçar a diversidade”, disse o diretor.

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